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Os BARRETO, do Cadaval e de Rio Maior

Senhores da Quinta do Paço de Tronches,
Foreiros da Comenda de N.a S.a da Conceição de Rio Maior, da Ordem de S. Bento de Avis

                                                    

 

 

                                         

IV      MARIA DA SILVA CARDOSO

Baptizada na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval a 17.10.1633. Foram padrinhos Nuno Rodrigues Barreto e Ana Duarte. Faleceu na vila do Cadaval, a 24.03.1696. Sepultada na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, em sepultura pegada com o confessionário, amortalhada no hábito de S. Francisco.

Casou na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, a 6.6.1657, com Jacinto Lobo Fernandes, nascido em Cadaval, baptizado na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval a 6.8.1632 e falecido em Cadaval a 9.8.1701, filho de Pedro Álvares Lobo e de Maria das Neves. Foram testemunhas Paulo do Quental Pereira e Jorge Rodrigues Salgado.

Residentes na vila do Cadaval.

 

Filhos:

1 (V) Frei António de S. José

Nasceu na vila do Cadaval a 8.2.1664.

Frade Carmelita Descalço. Segundo a Lusitânia Sacra, Frei António de S. José, “desejoso de imitar o exemplo de seu tio materno, o V. P. Fr. João do Espírito Santo, Carmelita Descalço, entrou nesta Sagrada Família, cujo Instituto professou no Convento dos Remédios de Lisboa, a 4 de Abril de 1683”. Estudou Filosofia, Teologia Especulativa e Teologia Moral nos Colégios de Figueiró, Viana do Castelo e Coimbra, obtendo autorização dos Superiores da Ordem para ser Conventual perpétuo no Deserto do Buçaco, onde viveu dezasseis anos. Exerceu o cargo de Mestre dos Noviços, em 1706, e foi Prior do Convento no ano de 1713. Traduziu a Vida de Santa Teresa de Ávila, do original castelhano para o português, publicando em 1720 uma edição comentada: S. JOSÉ, Frei António de – Vida da Seraphica Madre Santa Teresa de Jesus, Doutora Mystica, e Fundadora dos Carmelitas Descalços, escrita pela mesma Santa. Lisboa: Oficina da Música, 1720. O livro teve uma segunda edição em 1761, promovida por Luís António Alfeirão, em Lisboa, na Oficina de António Vicente da Silva (figura 2). Josué Pinharanda Gomes defendeu na sua obra “Caminhos Portugueses de Teresa de Ávila”, que o Convento do Buçaco viu nascer uma “escola de exegese da obra de Santa Teresa de Jesus”, tendo em Frei António de S. José e em Frei António da Expectação, os dois maiores expoentes.

2 (V) Pedro Álvares Lobo Barreto, que segue.

3 (V) Antão de Faria Lobo

Faleceu na vila do Cadaval, a 14.11.1737. Sepultado na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval numa sepultura distante da porta principal, para a parte da capela mor.

Casou na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, a 25.11.1715, com Luísa Maria de Andrade, filha de Manuel Antunes e de Apolónia do Nascimento.  Foram testemunhas o Capitão António de Sousa Tavares, da Vermelha, o Dr. Paulo Vieira de Matos e muitos outros.

Filha:

1(VI) Ana Maria Barreto de Andrade

Casou na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, a 14.9.1757, com o seu primo em terceiro grau José Franco de Abreu, filho de Vital Ferreira Barreto e de Maria Josefa Franca. Foram testemunhas Pedro Franco de Barbuda e o Dr. Lourenço Nobre do Rego, moradores na vila do Cadaval.

4 (V) Adriana Faria Cardoso

Casou na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, a 30.3.1702, com Bento Luís Rebelo, nascido na cidade de Lisboa, baptizado na freguesia de S. Paulo, Lisboa, e morador na freguesia de N.a S.a dos Mártires, Lisboa, filho de Domingos Luís e de Maria Rebela. Foram testemunhas o Padre Francisco Lobo Ribeiro e António Lobo Duarte, da vila do Cadaval.

5 (V) Maria Barreto

Faleceu solteira na vila do Cadaval, a 16.1.1748. Sepultada na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval a par da campa que está no meio da igreja para a parte do púlpito, amortalhada no hábito de S. Francisco. Fez testamento e deixou por testamenteiro o seu sobrinho Francisco do Avelar Barreto.

V       PEDRO ÁLVARES LOBO BARRETO

Nasceu na vila do Cadaval e foi baptizado na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval a 24.3.1666. Foram padrinhos Pedro Álvares Lobo e Maria das Neves, avós paternos do baptizado. Faleceu na vila do Cadaval, a 12.10.1748.  Foi sepultado na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, em sepultura de largura dupla distante da campa que está no meio da igreja para a parte do púlpito, amortalhado no hábito de S. Francisco. Não fez testamento.

Casou na Igreja de S. Pedro do Carvalhal, Bombarral, a 28.6.1698, com Elena Josefa de Avelar, nascida no Arrabalde da vila de Óbidos, baptizada na Igreja de Santa Maria de Óbidos a 13.5.1668 e falecida na vila do Cadaval a 31.7.1756, filha de Filipe de Avelar, Escrivão do Juízo Eclesiástico de Óbidos, e de Maria do Rego, neta paterna de José de Avelar, Escrivão do Juízo Eclesiástico de Óbidos, e de Juliana Colaça, moradores na vila de Óbidos (vid. AVELAR), e neta materna de António Álvares e de Brites do Rego do lugar de A-dos-Ruivos, freguesia do Carvalhal, Bombarral. Foram testemunhas João Ferreira Barreto e Manuel Gomes Alemão.

Este consórcio uniu os Barreto a uma das famílias nobres da vila de Óbidos. Os descendentes passaram a adoptar o sobrenome composto Barreto de (do) Avelar, ou do Avelar Barreto, dando continuidade às duas linhagens.

Residentes em A-dos-Ruivos, freguesia do Carvalhal, Bombarral, e na vila do Cadaval.

Filhos:

1 (VI) José Barreto de Avelar

Nasceu na vila do Cadaval e foi baptizado na Igreja de S. Pedro do Carvalhal, Bombarral, a 28.4.1701, pelo Padre José de Avelar, tio materno. Foram padrinhos o Reverendo Prior de Almada, Manuel de Matos, por procuração que passou ao seu irmão Prior de Vila Verde, João de Matos Henriques, e Soror Dona Joana de Gusmão, Religiosa do Convento de Cós, com licença de sua prelada. Em nome desta religiosa tocou no baptizado o avô Filipe de Avelar. Faleceu na vila do Cadaval a 13.6.1721 e foi sepultado na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval por cima da porta da pia baptismal, amortalhado no hábito de S. Francisco.

Solicitou Habilitação De Génere do Santo Ofício, com os irmãos António e Francisco, a 15.3.1712. Faleceu antes da conclusão do processo.

2 (VI) António de Avelar Barreto

Nasceu na vila do Cadaval e foi baptizado na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, a 25.1.1704. Foi padrinho o Padre António de Avelar, morador na vila de Óbidos. Faleceu na vila do Cadaval a 3.11.1734. Sepultado na Igreja de N.a S.a da Conceição do Cadaval, defronte da porta travessa, amortalhado no hábito de S. Francisco.

Solicitou Habilitação De Génere do Santo Ofício, com os irmãos José e Francisco, a 15.3.1712. O Acórdão do Santo Ofício, de 9.6.1733, declara que os ancestrais de António de Avelar Barreto são “cristãos velhos legítimos de limpo sangue e geração, sem raça alguma de infecta nação das reprovadas, por tais os julgam, habilitam e mandam se lhes passe tensa na forma costumada”.

3 (VI) Francisco do Avelar Barreto, que segue.

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Figura 2 - Livro: S. JOSÉ, Frei António de, Vida da Seraphica Madre Santa Teresa de Jesus, Doutora Mystica, e Fundadora dos Carmelitas Descalços, escrita pela mesma Santa. Agora traduzida de língua castelhana em a nossa portuguesa; e dilucidações para melhor inteligência de quem a ler. Lisboa: Oficina de António Vicente da Silva, 1761.

Disponível para consulta na Biblioteca Digital Teresiana.

 

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