O Riomaiorense

 

 

                              

 

 

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Se inicialmente era um espaço procurado por um elevado número de pessoas e conseguiu manter viva uma história e orgulhosa uma população, com a entrada nos anos 80 torna-se cada vez mais difícil alcançar os objetivos principais a que se propunham (6), tornando-se também mais difícil manter o Museu. Assim, as instalações outrora ocupadas são entregues à CMCSPC.

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É nesta altura que a Junta de Freguesia decide intervir, e num acordo com a CMCSPC decide a Companhia ceder gratuitamente pelo período de 6 meses as instalações de uma das Casas da Malta (7), esta sita em Vila Verde, para se depositarem os bens que estavam nas antigas instalações ocupadas. Entre este material encontravam-se objetos de maior porte, uma vez que os restantes, e respetiva documentação, nomeadamente parte do arquivo empresarial, já haviam sido retirados para salvaguarda. Os objetivos da Junta de Freguesia com este acordo eram assegurar o património que ali se encontrava e poder preparar um novo espaço para que este pudesse ser visitado. Assim, a 12 de maio de 1987 adquire definitivamente a Casa da Malta e, a 29 de setembro de 1989, esta abre como Museu Mineiro.

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Durante os anos que se seguiram, este espaço foi um polo atrativo de visitantes, não só locais, mas também de vários pontos do país. Contudo, agravavam-se os custos de manutenção, não só com o edifício, mas também com a adaptação aos novos modelos expositivos, originando novo retrocesso neste processo de salvaguarda do património histórico-cultural de São Pedro da Cova.

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No ano de 2008 nova diretiva da Junta de Freguesia vem alterar esta situação, com a contratação de recursos humanos para o Museu, permitindo assim assegurar a abertura do mesmo num horário alargado e fixo, mas também assegurando o trabalho de inventário e catalogação; reorganização expositiva e legendagem; assegurando visitas guiadas e preparação do serviço educativo.

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Este processo permitiu que o espaço passasse das 200 visitas registadas durante o ano de 2008 para perto de 2 000 no ano seguinte. O trabalho direto com a população local, o funcionamento de um serviço educativo dirigido para os diferentes tipos de público resulta em mais de 4 500 visitantes no ano de 2011.

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Contudo, sentiu-se a necessidade de renovação e melhoria das condições do edifício, das exposições, quer permanente, quer temporárias, e espaço organizativo, adaptando-o às novas necessidades. Assim, no início do ano de 2012 avançam as obras de requalificação do edifício e é colocado em prática o novo modelo expositivo.

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A partir daqui é possível ter um espaço único para as exposições temporárias, com condições para expor os diferentes tipos de objetos e um percurso organizado da exposição permanente, desde a secção geológica, industrial e etnológica. Foi também possível conceber, ao longo deste percurso, atividades de experimentação, como a passagem pelo interior da simulação de galeria subterrânea e o empurrar de uma berlina. (8)

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O serviço educativo foi também melhorado, com a criação de atividades mais dinâmicas, entre as quais se destacam a construção de um gasómetro a partir de materiais de desperdício; o registo fotográfico de visitantes vestidos de operários mineiros, percursos pedestres pelo património mineiro de São Pedro da Cova, incluindo uma visita ao antigo complexo mineiro; visitas às escolas com uma maleta pedagógica levando a descoberta do carvão e das profissões mineiras. Mais recentemente, a partir da colecção de fósseis Firmino Jesus, foi possível criar a exploração dos mares do paleozóico.

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