O Riomaiorense

                                                    

 

 

                                        

                                             

 

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Momento alto destes dez anos de vida foi, sem margem para dúvidas, a celebração do Centenário da Mina do Espadanal. Não só pelo programa que o envolveu, como, sobretudo, pela participação pública que mereceu. Participação cidadã – mais de cem pessoas acudiram ao evento-, e participação das autoridades locais, presentes, desde logo, no ato de abertura do evento realizado no final de 2015.

Este terá sido o evento catalisador do reconhecimento, pelos eleitos locais, da valia do projeto associativo em curso, tendo obtido da parte da Câmara Municipal o acolhimento que permitiu a respetiva associação às comemorações.

 

É assim que, em 21/07/2016, se leva a cabo a comemoração referida que envolveu um Encontro das Comunidades Mineiras, bem como a apresentação de diversos painéis científicos e a exibição da exposição supra mencionada, agora no espaço Galeria Municipal de Rio Maior. O evento teve o apoio também da Direção Geral de Energia e Geologia, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior e da Junta de Freguesia de Rio Maior, contando ainda com a presença do coral CantoRio da Associação Cultural do Concelho de Rio Maior e com o alto patrocínio da Sibelco Portuguesa, Lda. e do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.

 

As celebrações continuaram com os Encontros com o Património Mineiro, atividade realizada em 23/09/2016, dedicada à história oral da antiga comunidade mineira e para a qual contribuíram os testemunhos de vários mineiros integrantes da comunidade riomaiorense.

 

Já em 2017 levou-se a cabo o encerramento das comemorações, expressivo da mudança de atitude acima referida. Celebrou-se, então, com o Município de Rio Maior um contrato de comodato e protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal e a EICEL1920, contrato aquele, renovado em 2019, que permitiu a cedência do edifício da antiga secção de trituração da fábrica de briquetes, tendo em vista a instalação do futuro Museu Mineiro.

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Entre os momentos mais vívidos deste lapso temporal conta-se ainda o da celebração dos 125 anos do jornal O Riomaiorense. Esta celebração ocorreu em 14/07/2018 e contou com a massiva presença de público.

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No culminar deste período de dez anos de vida, o ano 2020.

2020 ficará para a História da humanidade como o ano dos projetos suspensos. Desde as Olimpíadas até ao mais simples dos encontros sociais.

Ano de desastres climáticos e de grandes causas, também! Afinal, “Black Lives Matter”!

Ano, sobretudo, dominado pela pandemia COVID-19 e pelo decretamento da situação de estado de emergência, com a inerente limitação das liberdades.

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Planeada para este ano a realização, em Setembro, em Rio Maior, e sob o escopo quer da EICEL1920, quer do Clube UNESCO para o Património Cultural, de mais uma edição, a segunda, das “Jornadas Internacionais Memórias do Carvão”, e iniciados, ainda em 2019 os trabalhos para a organização do evento, que contava com o empenho da Câmara Municipal de Rio Maior, a situação de crise pandémica impediu a respetiva concretização.

Impedimento que, acreditamos, não será definitivo.

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Igualmente projetadas, as comemorações do Centenário da Empresa Industrial, Carbonífera e Electrotécnica, Limitada (1920-2020) e do décimo aniversário da EICEL1920 (2010-2020), ficou-se pela publicação de um Boletim Informativo Especial no jornal O Riomaiorense, em 29/11/2020, onde se congregam Três Olhares sobre a Mina do Espadanal.

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Desde sempre almejado, o Museu Mineiro ainda não logrou ver a luz. Planeada a sua instalação no edifício cedido pela Câmara Municipal, bem como a realização de obras de restauro que requerem o contributo da comunidade civil, viu adiado o seu avanço, não obstante o planeamento efetuado para o quadriénio 2019-2022, devendo os trabalhos ser retomados durante o ano de 2021.

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2020 termina para a EICEL1920 como começou 2010 – com o desejo de ver efetivada a classificação da fábrica de briquetes da Mina do Espadanal como Imóvel de Interesse Público. Sonho mais próximo de se ver concretizado, agora que a casa da democracia resolveu recomendar ao Governo que adote o procedimento necessário à respetiva concretização!

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Dez anos volvidos há dois objetivos claramente alcançados – o envolvimento da comunidade local no projeto associativo e o reconhecimento nacional e internacional do mesmo. Razões mais do que suficientes para continuar! Razões mais do que suficientes para o desejado respeito e colaboração dos e com os órgãos locais!

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Neste país de poetas, não há como não acreditar que “o sonho comanda a vida, e que sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança”!

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Manuela Fialho

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