O Riomaiorense

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III - António Gomes de Sousa Varela (1863-1945)

In O Riomaiorense (3.a Série), n.o  . Rio Maior, 10 de Julho de 1949. (1)

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Nasceu em S. João da Ribeira, a 2 de Abril, falecendo 82 anos depois, em 10 de Janeiro, na Vila da Marmeleira, terra que muito amou.

 

Dotado de invulgares qualidades de inteligência abraçou, muito novo, a vida comercial, tendo sido grande comerciante de vinhos e azeites.

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Patriota por temperamento, entusiasmou-se com amor e devoção pelo ideal da Liberdade, servido pela República. Tomou parte activa na revolução de 31 de Janeiro de 1891 e na de 5 de Outubro de 1910.

 

Teve as melhores relações pessoais com os grandes apóstolos da Democracia tendo sido um bom amigo de Manuel de Arriaga, Marcelino Mesquita, Bernardino Machado, António José de Almeida, Brito Camacho, Afonso Costa, etc. Quando da revolução de 5 de Outubro, a cidade de Santarém foi entregue à sua guarda até à nomeação do 1.o Governador Civil da República. Diversas vezes eleito vereador da Câmara Municipal de Rio Maior, onde a sua opinião era ouvida com simpatia e respeito. Foi o primeiro administrador do nosso concelho, apos o advento da República, e algumas vezes presidente da Câmara Municipal.

 

Ressuscitou, em colaboração com António Custódio dos Santos, “O Riomaiorense”, de que foi director.

 

Tornando-se, em síntese, personalidade ilustre, ascendeu ainda a altos cargos, tais como: presidente da Junta Geral do Distrito de Santarém, administrador do 1.o bairro de Lisboa e do jornal “A Voz do Operário”, Secretário da Câmara Alta e Senador da República em diversas legislaturas.

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IV - Dr. Francisco Augusto Pereira Calisto (1909-1945)

In O Riomaiorense (3.a Série), n.o . Rio Maior, 10 de Outubro de 1949.

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Foi Rio Maior terra natal do Dr. Francisco Augusto Pereira Calisto, médico distinto e de qualidades pessoais que lhe captaram inúmeras simpatias. Já lá vão quatro anos que a morte traiçoeira o arrebatou, mas ainda hoje nos parece mentira o seu infausto desenlace. Os riomaiorenses, assim como todos quantos com ele privaram, não o esquecem nunca e sentem por ele uma latente saudade.

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Formou-se na Universidade de Coimbra, tendo antes frequentado a Escola Agrícola dessa cidade do Mondego. Foi professor, em Rio Maior, da Escola Comercial Municipal; médico da Casa do Povo, do Hospital da Misericórdia, do Centro local da Mocidade Portuguesa, cargos que ocupou gratuitamente como gratuitamente prestou assistência médica aos soldados da G.N.R. recebendo por isso um público louvor do Ministério do Interior.

 

O Dr. Francisco Calisto era filho do Sr. Amarino da Mata Calisto e da Sr.a D. Maria Amélia de Sá Pereira Calisto, e casado com a senhora D. Maria Celeste Pacheco Calé Pereira Calisto, actualmente residente em Portimão, terra da sua naturalidade.

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